sábado, 19 de janeiro de 2013

Plantar palavras e colher...

Árvores
(Roseana Murray)

Se pudéssemos plantar palavras,
como se planta uma árvore,
tantos frutos invisíveis
contido sem seu silêncio,
tanta sombra ao meio-dia
em seu futuro,
palavras simples e quentes,
amor, pão, mel, encontro,
as sementes seriam aladas,
e o vento varreria o jardim,
então, pouco a pouco,
atravessando montanhas,
mares, cidades,
a paz cobriria o mundo.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Mais acrósticos

Oi, gente...
Semana passada eu falei um pouco sobre a atividade “A pedra no pântano” e hoje sigo com os acrósticos...  
Quero lhes mostrar alguns que escrevi usando nomes de familiares e de amigos!


Simpático
Elefante
Liquida
Móveis
Antigos


Jovem
Ovelha
Espanta
Larápios


Roedor
Inveterado
Topa
Amizades

Sagaz
Inseto
Morde
Ouriços
Nada
Espinhosos

            Fica aí a ideia de brincar com isso... Criem seus acrósticos e depois usem-nos com seus alunos!
            E depois, claro, me escrevam para contar como foi a experiência. J

            Até a próxima!


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Gianni Rodari e a pedra no pântano

Oi, gente...
Hoje vou falar um pouquinho sobre uma atividade proposta por Gianni Rodari (1920 - 1980) no livro Gramática da fantasia. Esse livro é a base do meu curso “Brincadeiras com leitura, escrita e literatura infantil” e uma das brincadeiras de que mais gosto é A pedra no pântano.
O nome dela pode parecer meio estranho, mas é uma brincadeira que todo mundo conhece. Quem não a conhece, não teve infância! ;-)
Trata-se da criação/escrita de acrósticos a partir da palavra PEDRA.
Vocês conseguem imaginar quantas histórias estão escondidas atrás da concretude dessa palavra? Pois é: inúmeras!!
Depois de brincar com a PEDRA, pode-se brincar com qualquer outra palavra, mas uma das coisas mais legais é pedir que cada um crie um acróstico para seu próprio nome. As crianças costumam ficar bem animadas nessa parte!
Dá para trocar, pedir que cada um escreva um acróstico com o nome de um colega (numa espécie de amigo-secreto?), mas infelizmente isso nem sempre dá certo: sempre há alguma(s) sapeca(s) que cria um poema com situações que chateiam, irritam ou ofendem o colega, então é preciso que fiquemos muito atentos!
Vale a pena, mas normalmente as crianças demoram um pouco para entender o processo e para aceitar que não é um “vale tudo”.
Abaixo, 3 acrósticos de minha autoria. Optei por colocar apenas os que “encontrei na pedra”, mas tenho vários com nomes...
Outra hora eu os mostro aqui.
Um beijo. Até a semana que vem!

**********************************************************************

Pequena                                                    
Esquila
Deita e
Rola,
Adormecida.
******
Pai
Esqueceu
Dinheiro;
Riso
Acabou...
******
Porta
Escancarada?
Danada
Ratazana
Ataca!!